Anvisa retira exigência de estudo em fase 3 para vacina contra Covid-19


 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou nesta quarta-feira (3) que vai alterar a determinação que estabelece requisitos mínimos para os pedidos de uso emergencial de vacinas contra a Covid-19. A principal mudança será a retirada da exigência de realização de estudo em fase 3 no Brasil.

O critério era considerado um empecilho para a União Química, farmacêutica que pediu a liberação provisória da vacina russa Sputnik V e ainda não conseguiu a autorização para o estudo com o imunizante no país.

Apesar da decisão, outras pendências, principalmente aquelas relacionadas ao detalhamento da fase 3 executada na Rússia, ainda precisam ser resolvidas para que a reguladora inicie a análise.

Por outro lado, a mudança no guia pode abrir caminho para um pedido de uso emergencial pela indiana Bharat. A farmacêutica discute a autorização do estudo na Anvisa e poderá mudar sua estratégia regulatória para solicitar o uso da Covaxin.

 

CNN Brasil


Eficácia da vacina Sputnik V para Covid-19 é de 91,6%, apontam resultados preliminares publicados na ‘The Lancet’


A vacina Sputnik V, desenvolvida pelo instituto russo de pesquisa Gamaleya para a Covid-19, teve eficácia de 91,6% contra a doença, segundo resultados preliminares publicados nesta terça-feira (2) na revista científica “The Lancet”, uma das mais respeitadas do mundo. A eficácia contra casos moderados e graves da doença foi de 100%.

A vacina também funcionou em idosos: uma subanálise de 2 mil adultos com mais de 60 anos mostrou eficácia de 91,8% neste grupo. Ela também foi bem tolerada nessa faixa etária.

A vacina é a quarta a ter resultados publicados em uma revista, depois de Pfizer/BioNTech, Oxford/AstraZeneca e Moderna. Quando isso acontece, significa que os dados foram revisados e validados por outros cientistas.


Greve de caminhoneiros tem baixa adesão pelo Brasil


 

A greve de caminhoneiros marcada para esta segunda-feira (1) teve pouca adesão em todo o país. Convocada por entidades que representam a categoria para pressionar o Governo Bolsonaro a atender algumas reivindicações, como a redução do preço do óleo diesel e a fiscalização do piso do frete, a paralisação não teve apoio da maioria dos profissionais. O governo de Bolsonaro  tem a categoria como aliada de sua gestão. O Ministério da Infraestrutura e a Polícia Rodoviária Federal, que monitoraram o movimento, registraram poucos atos e problemas nas rodovias federais.


Brasil ultrapassa 9 milhões de casos de covid-19


O Brasil chegou a 9.204.731 casos confirmados de covid-19 desde o início da pandemia, segundo o boletim do Ministério da Saúde com a situação epidemiológica do país no dia de hoje (31). Foram registrados 27.756 novos casos e há 8.027.042 recuperados.

Segundo o boletim, nas últimas 24 horas foram registradas 559 novas mortes, totalizando 224.504 óbitos. Há ainda 953.185 casos confirmados.

Em geral, os registros de casos e mortes são menores aos domingos e segundas-feiras em razão da dificuldade de alimentação dos dados pelas secretarias de saúde aos fins de semana. Já às terças-feiras, os totais tendem a ser maiores pelo acúmulo das informações de fim de semana que são enviadas ao Ministério da Saúde.

O estado com maior número de casos é São Paulo, com 1.777.368 casos. Em seguida aparecem Minas Gerais (734.486), Bahia (588.106), Santa Catarina (576.815) e Paraná (549.333). As unidades da Federação com menor número de casos são Acre (48.467), Roraima (74.115), Amapá (77.041) e Tocantins (102.217).

São Paulo também lidera no número de mortes por covid-19, com 53.034 óbitos, seguido por Rio de Janeiro (29.811), Minas Gerais (15.060) e Bahia (10.060). Os estados com o menor número de mortes são Roraima (856), Acre (867) e Amapá (1.059).


Menino de 2 anos morre após engasgar com peça de brinquedo em Montes Claros-MG: ‘Veio para mostrar a importância do amor’, diz pai


O menino de dois anos que engasgou com a peça de um brinquedo — uma ventosa, parte de uma flecha — morreu nesta quinta-feira (28). Luiz Otávio Aquino Madureira estava internado havia 12 dias no CTI da Santa Casa, em Montes Claros (MG). Segundo a assessoria do hospital, ele teve morte cerebral. A família dele autorizou a doação dos órgãos.

O pai do garoto, Charles Madureira, gravou um vídeo em uma rede social comunicando o falecimento e agradeceu pelas orações feitas pela recuperação do filho.

“Infelizmente, nosso guerreiro não resistiu. Agradeço imensamente a cada um de vocês que ajoelhou e clamou por Deus pedindo a misericórdia, pedindo a ressureição do nosso filho, mas foi feita a vontade de Deus. A vontade de Deus foi diferente da nossa, então chegou o último dia. Infelizmente foram feitos todos os testes e constatou a morte encefálica, não tem mais o que fazer, é só mesmo pedir a Deus para continuar dando forças para nós porque não é fácil”, falou emocionado.

“Essa vinda do meu filho aqui na Terra durante esses dois anos foi para mostrar a importância do amor, a importância do amor de um filho, do amor de um pai, a importância da aproximação com Deus e de manter a fé.”

Doação de órgãos

“Mesmo nesse momento difícil, de dor, nós optamos por fazer a doação de órgãos dele, com isso vão restaurar sete vidas, não só sete vidas, mas vão restaurar sete famílias. Que essas famílias possam ter a esperança de ter seus filhos de volta, igual eu tinha a esperança de ter o meu e, infelizmente, não ocorreu.”

A assessoria de comunicação da Santa Casa informou que estão sendo feitos exames para avaliar se a captação dos órgãos será possível. Os resultados devem sair até a manhã desta sexta (29) e o número de receptores deve ser definido de acordo com a quantidade de órgãos captados.

Entenda o caso

Em 17 de janeiro, Luiz Otávio Aquino Madureira brincava na casa da avó materna quando se engasgou. A mãe dele, Isabela Aquino, contou ao G1 que percebeu que o menino estava com uma ventosa, uma peça de uma flecha, na boca.

“Falei para ele tirar, só que ele sugou e a peça foi parar na garganta. Imediatamente, enfiei o dedo para tentar puxar, só que estava longe, mais fundo. Meu ímpeto foi correr para o hospital”, disse.

Com a ajuda do irmão, Isabela levou o filho para o Hospital Aroldo Tourinho.

“Quando o Luiz desfaleceu, falei para Deus: ‘O Senhor não pode tirar ele de mim, porque ele foi um presente. Eu demorei um ano e oito meses para engravidar dele. Não deixa meu filho morrer, eu imploro’. Eu me desesperei”, falou.

O garoto teve parada cardiorrespiratória e obstrução das vias aéreas, por isso precisou ser reanimado por cerca de meia hora. Ainda no dia 17, ele foi transferido para a Santa Casa de Montes Claros, onde passou por cirurgia para retirada do corpo estranho.