Haddad diz que, se for eleito, acredita em acordo ‘com algumas pessoas’ do MDB


O candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (20) que, se for eleito, acredita em um acordo “com algumas pessoas” do MDB pela governabilidade.

O petista visitou o Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP). Lá, conheceu as instalações do Centro de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden). Após a visita, Haddad concedeu entrevista a jornalistas no local.

Questionado sobre se, em um eventual governo, estaria disposto a dialogar com o MDB, Haddad disse que sim. O MDB é o partido do presidente Michel Temer, e que compôs a chapa presidencial nos dois mandatos da ex-presidente Dilma Rousseff. Após o impeachment da petista, Temer assumiu a Presidência.

“O importante é que forças politicas adiram ao nosso plano, concordem com nosso plano, porque nós vamos ter que votar esse plano no Congresso Nacional. Quanto mais gente expressar [apoio], sem pedir nada em troca…”, disse Haddad.

Logo depois, o petista foi indagado sobre se ele acredita num acordo pragmático com o MDB. E respondeu: “Com algumas pessoas, sim. Com o partido como um todo, sob liderança do Temer, é muito difícil”.

“Eu penso que essa unidade está sendo rompida pela prática. Nós temos o melhor programa para o país. Eu tenho certeza que nós vamos ter, com negociação, ninguém é ingênuo, mas com negociação haverá disposição de tirar o país da crise”, complementou.


Em pesquisa feita após ataque, Bolsonaro aparece com 30% das intenções de voto


Foto: Fábio Motta/Estadão

O candidato Jair Bolsonaro (PSL) aparece com 30% das intenções de voto em pesquisa FSB/BTG Pactual divulgada nesta segunda-feira (10). O levantamento foi o primeiro realizado depois do ataque sofrido por Bolsonaro na cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais.

Na segunda posição aparece Ciro Gomes (PDT), com 12% das intenções de voto. Em seguida, três candidatos registraram 8%: Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede) e Fernando Haddad (PT). João Amoêdo (Novo) e Alvaro Dias (Podemos) tiveram 3%.

Os eleitores de Bolsonaro são os que têm mais certeza do seu voto. Para 78% deles, a decisão é definitiva. Nesse quesito, Haddad (68%) aparece em segundo lugar, seguido por Alvaro Dias (62%), Amoêdo (59%), Ciro (58%), Alckmin (49%), Boulos (40%), Marina (37%) e Meirelles (24%).

O levantamento foi realizado entre os dias 8 e 9 de setembro com 2000 eleitores e a margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. Ela foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TRE) com o número BR-01522/2018.


‘Desvios de função e abuso nos Redas revelam má gestão da Educação na Bahia’, diz Luciano Ribeiro


Para o líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), deputado Luciano Ribeiro, além do ”baixo investimento” do Governo do estado nos últimos três anos, conforme apontam os dados do Sistema Integrado de Planejamento de Finanças (Fiplan), programa da própria gestão estadual, o resultado da Bahia no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) para o ensino médio se deve também a queda da mão de obra, demonstrada na carência de professores, “muitos em desvio de função” e também no exagero do número de contratos por Reda e por Prestação de Serviço Temporário (PST). De acordo com o parlamentar, as últimas contas do governador Rui Costa (PT), avaliadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) apontaram um crescimento na quantidade de Redas. “Somente na Educação, o número de pessoas contratadas, através dessa modalidade, aumentou para 20 mil, no período de três anos”, diz Luciano Ribeiro, ao acrescentar que “em 2014, eram 8.434 contratos por Reda na pasta de Educação. Em 2017, esse número subiu para 28.118. Do total de 32.255 Redas do estado, 87% referem-se a servidores lotados na Secretaria de Educação”. “O Governo do estado demorou oito anos para realizar um concurso público, enquanto isso aumentou de forma excessiva os contratos temporários, terceirizando a educação na rede pública estadual. Na gestão pública, a dispensa de processo seletivo deve ser uma exceção e não uma regra, como acontece no atual governo da Bahia. Isso tudo mostra a falta de compromisso da gestão petista com a educação do nosso estado”, afirmou o líder da oposição. Entre 2015 e 2017, dos investimentos totais do Estado, apenas 2,02% foi para a educação, sendo que em 2017, ano da avaliação do Ideb, o investido no setor foi de apenas 1,88% do total aplicado.


TRE-BA suspende propaganda de Zé Ronaldo em que ACM Neto ultrapassa tempo permitido


Foto: Reprodução/Facebook

A desembargadora do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), Gardênia Pereira Duarte, ordenou a suspensão de uma propaganda do candidato ao governo da Bahia, Zé Ronaldo (DEM), em que o prefeito ACM Neto (DEM) tem exposição durante mais de 25% do tempo de duração da peça, algo vedado pela lei eleitoral para quem aparece na condição de apoiador. Caso haja descumprimento da liminar, a coligação do democrata precisará pagar multa de R$ 5 mil por cada inserção veiculada em desacordo com o limite percentual.

A magistrada atendeu pedido feito em representação formulada pela coligação Mais Trabalho por toda a Bahia, encabeçada pelo candidato à reeleição, Rui Costa (PT). Segundo a peça, a coligação de Ronaldo veiculou duas inserções: uma no dia 1º de setembro, com trinta segundos de duração, e outra em 2 de setembro, com o mesmo tempo, na qual Neto, na condição de apoiador de Zé Ronaldo, teria usado 19 segundos do tempo total, tempo superior ao percentual limite de 25% previsto na legislação eleitoral.

“No mérito, pugna pela confirmação da medida liminar para ‘impedir, por completo, a realização de propagandas na qual apareçam qualquer apoiador, inclusive Antônio Carlos Magalhães Neto, participando por mais de 25% do tempo da propaganda, sob pena de multa’”, afirmou a coligação de Rui no pedido.

Segundo a desembargadora, a violação da lei eleitoral foi comprovada no caso das propagandas veiculadas por Zé Ronaldo. “Da análise das propagandas vergastadas, verifico, num exame relanceado, que, dos 30 segundos totais, o apoiador ACM Neto utilizou 19 segundos, extrapolando, assim, o percentual estatuído pela legislação eleitoral para situações como essa”, argumentou. informações do Bahia Notícia


Aliados de Haddad querem substituição na chapa o quanto antes


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Após a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que barrou a candidatura do ex-presidente Lula ao Planalto, Fernando Haddad, vice na chapa petista, viajará a Curitiba na próxima segunda-feira (3) para discutir a melhor estratégia para a campanha da sigla a partir de agora.

Aliados de Haddad defendem a substituição de Lula o quanto antes, e o voto do ministro Luís Roberto Barroso, primeiro contrário ao ex-presidente no TSE, corroborou a tese desses auxiliares de que o PT não poderia arriscar ficar dez dias fora do horário eleitoral no rádio e na TV.

O temor é de que a menor exposição de Haddad, pouco conhecido nacionalmente, prejudique seu desempenho como candidato. Grande parte do eleitorado petista, principalmente no Nordeste, ainda não sabe que ele será o nome oficial do PT ao Planalto, o que pode comprometer o potencial de transferência de votos de Lula para seu herdeiro político.

Com a possibilidade de ficar fora da estreia da propaganda eleitoral na TV, neste sábado (1), o PT divulgou seu primeiro programa ainda na noite de sexta (31), antecipando a estratégia de comunicação do partido.

No vídeo, Lula afirma que é possível voltar aos bons índices econômicos da época de seu governo e Haddad se apresenta como o enviado pelo ex-presidente para percorrer o Brasil com suas ideias.

A tática de transmutar a figura de Lula para a de Haddad agora deve ser aplicada de forma abrupta pelo PT, para que o eleitor entenda que, com o ex-presidente impedido de disputar a eleição, será o ex-prefeito de São Paulo o responsável por representá-lo e levar adiante o seu projeto.

A ideia inicial era manter o discurso de que Lula é o candidato de fato até o fim da semana que vem, pelo menos, e usar os programas de TV para fazer essa transição de forma paulatina.

Nesta sexta, o ministro Barroso defendeu que o PT substituísse Lula como candidato em dez dias e o proibiu de participar de atos de campanha, inclusive do horário eleitoral. Foi seguido pela maioria dos colegas da corte.

Os auxiliares de Haddad afirmam que poderia ser fatal para o partido ficar dez dias sem propaganda na TV, caso a sigla optasse por esticar a corda por todo o prazo.  Informações da Folha de São Paulo