Apresentações de quadrilhas terão novo formato caso haja São João, avalia fórum


 

 

Dado o avanço na cobertura vacinal, o governo sinalizou, nesta sexta-feira (26), de que poderá realizar os festejos juninos no território baiano ainda neste ano caso se alcance uma segurança mínima. Foi por este motivo, inclusive, que o Estado decidiu não antecipar o feriado. Por outro lado, as tradicionais quadrilhas dizem não acreditar que haverá um quadro de imunização suficiente para a realização das festas e que, caso realmente aconteça, a data será comemorada num formato diferente do habitual.

Segundo a coordenadora geral do Fórum Permanente de Quadrilhas Juninas e diretora da Rede Nacional de Pesquisadores da Cultura Junina, Soiane Gomes, o formato pode exigir novos critérios, como performances de quadrilhas com “elenco reduzido, cenas curtas ou vídeos previamente preparados”. “Historicamente as quadrilhas se apresentam em arenas amplas com cerca de 120 artistas cada grupo, tendo como audiência as arquibancadas lotadas de gente das comunidades, ou seja, são aglomerações que desta vez não poderão ocorrer devido à necessidade de distanciamento físico e prevenção ao novo coronavírus”, comenta.

Questionada sobre a existência de um tempo hábil para que as quadrilhas se preparem para apresentações ainda este ano, ela diz acreditar que, por conta do repertório amplo de cenas teatrais e composições musicais, do elenco que possuem e das coreografias já ensaiadas para eventos que já participaram, há uma expertise dos grupos para executarem seus passos nas pistas Bahia afora.

Ela explica que, com a pandemia, a situação dos grupos se agravou, deixando problemas como a falta de recursos e dificuldades nas comunidades de origem das quadrilhas ainda mais patentes. A força da expressão cultural, no entanto, fez com que várias delas não encerrassem suas atividades.

“Geralmente as quadrilhas juninas funcionam como blocos de carnaval, o associado paga um carnê que lhe dá direito ao figurino e à participar dos espetáculos. Sendo insuficiente essa verba a diretoria do grupo organiza eventos para arrecadação de mais recursos, como feijoadas, bingos, rifas, dentre outros, como também vende apresentações em eventos privados e aluguel de figurinos. No decreto da pandemia em março de 2020, nenhuma dessas providências puderam ocorrer e os grupos ficaram totalmente parados por cerca de um ano”, detalhou.

Uma situação mais amena para os brincantes veio se delinear só após a disponibilização de recursos através  da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc, que serviu de fonte de captação para diversos grupos, “sendo muitos deles premiados e já estão apresentando suas contrapartidas culturais nas redes sociais”, completa a coordenadora.

No entanto, pondera Soiane, ainda é cedo para se falar em melhora, pois, de acordo com ela, “nenhuma política específica para as quadrilhas foi assegurada de maneira efetiva”.

O que houve até agora, e que ela comemora, foi a criação de um edital voltado para manifestações da cultura popular e que beneficiou 28 grupos juninos em toda a Bahia, cada um com R$ 16 mil, que deverão se apresentar na internet. “Foi uma conquista, sem dúvida, que esta lei tenha sido sancionada, porém os procedimentos burocráticos deixaram muitos agentes culturais, que não se expressam pelos meios digitais, excluídos desta bolha”, descreve.

“Esperamos que em editais futuros essa categoria permaneça e que possa atingir um maior número de quadrilhas juninas, espalhadas nos 417 municípios da Bahia”, finaliza Soiane Gomes.

 


Itaetê-Chapada Diamantina : Família desenterra corpo de criança após ‘visão’ de pastor


Uma criança de um ano e dez meses foi desenterrada hora depois do sepultamento em Itaetê, na Chapada Diamantina, nesta quinta-feira (25). O caso ocorreu no povoado de Colônia, na zona rural do município. Segundo o Jornal da Chapada, os pais da criança contaram que um pastor, da igreja que frequentam, ligou para eles, afirmando que tinha tido “uma visão” de que a criança ainda estava viva.

Os pais correram até o cemitério, tiraram o corpo do local e procuraram de novo o Hospital Municipal de Itaetê, que atestou novamente o óbito. Mesmo caso teria ocorrido nos hospitais das cidades de Mucugê e Iaçu, que também afirmaram que a criança não tinha sinais vitais. O pai delas, Gerson Nevis dos Santos, acredita que a filha estava viva e morreu por falta de atendimento.

PREFEITURA

Em nota desta sexta-feira (26), a prefeitura voltou a dizer que a criança tinha falecido após tentativas de reanimação feitas na unidade de saúde. “Pela ficha de atendimento, a criança chegou a unidade hospitalar sem sinais vitais, sendo assistida prontamente pela equipe que tentou incansavelmente reanimá-la por mais de 30 minutos seguindo as manobras de reanimação cardiopulmonar, infelizmente não respondendo aos procedimentos realizados, constatando assim o óbito da menor”, diz trecho da nota.

A gestão lamentou o ocorrido e que a família esteja passando pela situação.

 


Região de Guanambi tem menor taxa de mortalidade por Covid-19 do país, mas vive pior momento da pandemia


A Região Intermediária de Guanambi tem a menor taxa de mortalidade pela Covid-19 entre as 125 regiões intermediárias do país. A taxa de mortalidade média dos 31 municípios, com população de mais de cerca de 710 mil habitantes, está atualmente em 36 óbitos/100 mil hab., somando um total de 257 mortos.

Apesar do número reduzido de mortes em relação a outras regiões, os municípios próximos a Guanambi vivem o pior momento da pandemia, com escalada significativa no número de casos e principalmente de mortes nas últimas semanas, além da forte pressão hospitalar com ocupação de leitos próximas do limite.

A conclusão do dado foi feita com base no processamento de dados do Ministério Saúde pelo projeto Geocovid – Map Biomas, que produziu estatísticas e projeções sobre a Covid-19 em todos os municípios, regiões (Intermediária, Imediata e de Saúde) e estados brasileiros.

Esta nova divisão geográfica de regiões intermediárias e regiões imediatas foi criada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2017 para atualização dos recortes regionais, substituindo a divisão por mesorregiões e microrregiões. A Região Intermediária de Guanambi se divide em duas Regiões Imediatas, de Guanambi, com 24 municípios, e de Bom Jesus da Lapa, com mais sete municípios.

Considerando as regiões imediatas, Bom Jesus da Lapa e municípios vizinhos têm taxas de mortalidade ainda menores, 30 óbitos/100 mil hab., enquanto os municípios vizinhos a Guanambi registram taxa de 39 óbitos/100 mil hab. Macaúbas continua sendo o município brasileiro de mais de 50 mil habitantes com menor taxa de mortalidade 14 óbitos/100 mil hab. (pelo Ministério da Saúde e 16 óbitos/100 mil hab. pelo boletim mais recente da prefeitura).

Bom Jesus da Lapa, Caetité, Guanambi e Macaúbas estão entre os 50 municípios brasileiros com mais de 50 mil habitantes com as menores taxas de mortalidade.

As duas outras regiões intermediárias com menores taxas também ficam na Bahia – Paulo Afonso (48 óbitos/100 mil hab.) e Irecê (50 óbitos/100 mil hab.). Do outro lado, com maior letalidade, está a Região Intermediária de Manaus (331 óbitos/100 mil hab.). Na Bahia, as regiões de Salvar e Ilhéus e Itabuna apresentam as piores taxas, 139 e 138 óbitos/100 mil hab. respectivamente.

Dois municípios da região não registraram óbitos, Ibiassucê e Tanque Novo. Dos 5.570 municípios Brasileiros, pelo menos 5.400 registraram ao menos uma morte pela Covid-19. Já entre os 417 municípios baianos, 411 tiveram pelo menos uma morte. Além de Ibiassucê e Tanque Novo, Novo Horizonte, Gavião, Cartolândia e Cravolândia não registraram óbitos.

Já os municípios com maiores taxas de mortalidade da região são Igaporã (109 óbitos/100 mil hab.) e Malhada (95 óbitos/100 mil hab.).

Considerando as Regiões de Saúde definidas pelas Secretarias Estaduais e pelo Ministério da Saúde, o Centro Sul Baiano e a metade norte de Minas Gerais possuem as menores taxas de mortalidade. Destaque para a região de Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha, com 22 óbitos/100 mil hab e Janaúba, com 23 óbitos/100 mil hab. Nos 22 municípios da Região de Saúde de Guanambi, a taxa é de 39 óbitos/100 mil hab.

Também há taxas mais baixas em regiões de saúde do Maranhão, estado com menor taxa de mortalidade, 82 óbitos/100 mil habitantes. A Bahia aparece em segundo, com 98 óbitos/100 mil hab. O Amazonas segue sendo o pais com maior mortalidade, 283 óbitos/100 mil hab., seguido de Rondônia, com 216 óbitos/100 mil hab. e Rio de Janeiro, com 205 óbitos/100 mil habitantes.

A Região Intermediária de Guanambi é também a terceira com menor incidência de contaminados. São 20.531, taxa de 2.881 casos por 100 mil habitantes, menor apenas do que da Região Intermediária de São Luís, capital do Maranhão, com 2.251 casos/100 mil habitantes, e da Região Intermediária de Paulo Afonso, no Nordeste da Bahia, com 2.746 casos/100 mil habitantes.

Projeções

O Geocovid faz previsões de casos e de óbitos para cada 60 dias. Estas estimativas são calculadas por modelos matemáticos que levam em conta uma série de fatores estatísticos e variáveis de comportamento do vírus e o do comportamento da população quanto às medidas de isolamento social.

As projeções apontam para mais 160 mil mortes no país no período considerando a atual taxa de transmissão. Para os 31 municípios da região de Guanambi, as projeções matemáticas apontam aumento significativo no número de mortes no período, podendo ultrapassar 200 nos 60 dias. Só em Guanambi, podem morrer mais 60 pessoas segundo os modelos estatísticos.

Nesta sexta-feira (26), a Secretaria Municipal de Saúde de Guanambi informou que identificou a paciente infectada com a variante do coronavírus identificada em Manaus. Esta cepa é considerada mais transmissível e pode causar sintomas mais graves nos pacietnes.


Adolescente de 15 anos é o quadragésimo primeiro óbito por complicações da Covid-19 em Guanambi


Um adolescente de 15 anos morreu no início da manhã desta sexta-feira (26) em Guanambi. O quadragésimo primeiro óbito por complicações da Covid-19foi confirmado pela Secretaria Municipal de Saúde.

Gustavo Santos “Gu” era portador de comorbidades (Doença Renal Crônica), foi admitida no Hospital Santa Casa em Montes Claros, no Norte de Minas, no dia 20 de fevereiro, onde seria submetida a um transplante renal.

No dia 4 de março, Gu apresentou problemas respiratórios e teve material coletado para exame RT/PCR, tendo confirmação para Covid-19. Gu foi levado para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em uso de ventilação mecânica em estado grave, no entanto, resistiu às complicações da doença nesta sexta.

Torcedor do Flamengo, Gu cursava 9° ano B na Escola Municipal Professora Enedina Costa de Macedo. Em nota, a direção lamentou e se solidarizou com a morte do aluno, o qual deixa um legado de exemplos como aluno e amigo.

Folha do Vale


Técnica de Enfermagem que injetou seringa em idosa e não aplicou vacina se desculpa e diz que não sabe o que ocorreu: ‘Não foi golpe’


A técnica de enfermagem que foi flagrada em vídeo injetando e tirando seringa do braço de uma idosa, mas sem aplicar a vacina da Covid-19, na cidade de Rio do Pires, sudoeste da Bahia, divulgou vídeo se desculpando pelo ocorrido. A servidora identificada como Danila, que foi exonerada, disse que não sabe o que aconteceu e afirmou que o caso não se tratou de golpe.

“Errei no momento que fui administrar a vacina em dona Aparecida, lá na comunidade de Contagem. Não sei, gente, o que aconteceu no momento. Até agora não consigo entender. Não está sendo fácil para mim o que estou passando. Estou sendo julgada, estou sendo crucificada. Não foi um golpe. Jamais eu faria isso com ninguém”, falou Danila no vídeo.

No vídeo, a profissional pediu desculpas à família da idosa e disse que é a primeira vez que um caso do tipo ocorre com ela.

“Venho há sete anos trabalhado nessa comunidade, e nunca ocorreu um erro desse. Mas infelizmente, ontem foi meu dia. O dia que aconteceu. Eu venho aqui pedir desculpas à família de dona Aparecida. Estou muito triste, estou com o coração angustiado com tudo isso que está ocorrendo, só que não poderia deixar de me pronunciar”, finalizou Danila.

O caso ocorreu na quarta-feira (24), na comunidade de Contagem, zona rural do município de Rio do Pires.

O prefeito da cidade, Vânio de Gildásio (PP), atribuiu a conduta da profissional a uma “desatenção”. Segundo ele, a mulher é técnica de enfermagem contratada pelo Município há cerca de sete anos. Ele contou ainda que a seringa com o líquido imunizante foi encontrado no lixo, junto com as outras que foram utilizadas.

Na quinta-feira (25), uma equipe de saúde foi enviada novamente à comunidade de Contagem e fez a imunização da idosa.

A prefeitura de Rio do Pires informou ainda que um processo administrativo será aberto para apurar a ocorrência.