Nipah: como age o vírus que fez Índia fechar escolas, escritórios e comércio


Escolas e escritórios foram fechados em algumas partes do Estado do sul da Índia, Kerala, depois que cinco casos do raro vírus Nipah foram confirmados.

Até agora, duas pessoas morreram, enquanto outras três, incluindo uma criança, estão sendo tratadas no hospital.

As autoridades disseram na quarta-feira que testaram 706 pessoas, incluindo 153 trabalhadores de saúde, para verificar a propagação do vírus. Eles estão aguardando resultados.

Uma das mortes ocorreu no início deste mês, enquanto a outra ocorreu em 30 de agosto.

O chefe do governo estadual, Pinarayi Vijayan, pediu às pessoas que evitassem aglomerações públicas em Kozhikode pelos próximos 10 dias.

Ele disse que seu governo estava levando as mortes “muito a sério” e pediu às pessoas que tivessem cautela, usando máscaras faciais e visitando hospitais apenas em casos de emergência.

Mas ele acrescentou que não há motivo para pânico, já que as pessoas que tiveram contato com os falecidos estão em tratamento.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a doença é considerada zoonótica – ou seja, é transmitida de animais como porcos e morcegos frugívoros para seres humanos.

O vírus também pode ser transmitido por meio de alimentos contaminados e por contato com uma pessoa infectada.

Ao entrar no corpo humano, ele afeta o sistema respiratório e o sistema nervoso central.

Nem todas as pessoas apresentam sintomas visíveis. Outras, no entanto, desenvolvem sinais e consequências como:

  • Sintomas semelhante à gripe (incluindo febre, dor de cabeça, dor muscular, fadiga e tontura)
  • Dificuldades respiratórias
  • Encefalite (inflamação do cérebro que resulta em sintomas como confusão, desorientação, sonolência e problemas neurológicos como convulsões)

Quando o vírus progride rapidamente, há risco de coma e morte. Nos casos mais graves, sobreviventes podem experimentar efeitos neurológicos de longo prazo.

A infecção pode ser diagnosticada com base no histórico clínico durante a fase aguda e de convalescença da doença. Os principais testes utilizados incluem a reação em cadeia da polimerase em tempo real (RT-PCR) em fluidos corporais e a detecção de anticorpos por ensaio imunoenzimático (ELISA).

Outros testes utilizados incluem o ensaio de reação em cadeia da polimerase (PCR) e o isolamento do vírus por cultura de células.

A taxa de mortalidade entre aqueles que contraem o vírus é alta – chega a 70% -, uma vez que não há remédio nem vacina disponível para tratar a infecção.

O tratamento se limita a controlar os sintomas e fornecer cuidados de suporte.

BCC

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